sexta-feira, 5 de junho de 2009

Presidente Lula institui plano para "reformar" os professores da rede pública

As escolas públicas poderão ganhar uma importante melhoria em seu quadro docente. O presidente Lula lançou, no fim do mês de maio, o Plano Nacional de Formação dos Professores destinado a complementar a formação de professores da rede pública hoje em exercício. Deverão ser criadas para esse fim 330 mil vagas em 90 universidades públicas brasileiras, num investimento de cerca de R$1 bilhão.

De acordo com o último senso da educação básica, realizado em 2007, do 1,8 milhão de professores do ensino fundamental (quinta à oitava série), mais de 26% não tinham a habilitação legal necessária para o magistério. Desses, aproximadamente 21% não tinha sequer curso superior, e 5,3% era graduado sem habilitação em licenciatura.

Eis uma medida que urgia no cenário da educação no Brasil. Embora hoje as regras para a formação de licenciandos estejam mais rígidas, a grande maioria dos docentes das escolas públicas faz parte de uma geração anterior, na época em que para se ensinar “português”, por exemplo, bastava ser uma pessoa “letrada”, como um bacharel em direito.

O perigo de se designar uma atividade tão importante nas mãos de pessoas que não tem a preparação para ela (portar a teoria está muito longe de saber como ensiná-la) é imenso. Há desde massas de alunos desinteressados, que não conseguem apreender o conteúdo que lhes é “despejado”, até o perigo das ideologias errôneas e esclerosadas que são repetidas ano após ano para turmas inteiras, e acabam por deformar a visão crítica desses alunos. Um bom exemplo disso está no despercebido preconceito lingüístico presente em nossa sociedade hoje, fruto dos professores mal ou nem sequer formados que, ao contrário de ensinarem um estudo da língua, de interpretação textual, asfixiam os alunos com regras desnecessárias e maçantes de gramática.

2 comentários:

  1. "O perigo de se designar uma atividade tão importante nas mãos de pessoas que não tem a preparação para ela (portar a teoria está muito longe de saber como ensiná-la) é imenso."

    Engraçado como a queda do diploma jornalístico não sai da mídia, mas assuntos como esse, com igualdade de situação, são praticamente ignorados. A questão do agendamento que se faz presente aí é interessante; talvez por não interessar tanto à grande mídia, não sei. O irônico é que creio que os riscos de exercer jornalismo e não ser jornalista e educar sem ser educador são basicamente os mesmos. São riscos sociais. Por que se ignora questões tão básicas e tão iguais?

    E viva o quarto poder caduco.

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  2. kkkkk enquanto o lula fala isso, vem o gilmar mendes querendo tirar o diploma da galera ahauhua vai ser uma confusão sem fim, aquele bando de professor marxista de historia falando bobeira como sempre falaram... aiai, duvido mto q façam alguma coisa de verdde.

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